terça-feira, 27 de setembro de 2011

Amizade


Amizade (Mr.lopeslima)

O comportamento humano é sem dúvida uma das coisas mais estudadas pela própria humanidade. E de maneira geral, toda a sociedade é baseada nestes comportamentos. Por hora, nos momentos em que me pego observando as atitudes dessa linda humanidade, percebo o quanto ela é complexa e o julgamento que fazemos a ela é o oposto dessa complexidade. É muito fácil julgar as pessoas sem se ater ao que realmente aconteceu.
Na amizade não é diferente. Os conceitos que são pregados alteram-se de geração para geração o que torna as coisas confusas, tentando estabelecer um padrão. E esse padrão é que sempre há de mudar. Estamos vivendo no ano terrestre 2011 e amizade hoje é medida por uma cumplicidade que há 20 anos era diferente. A amizade era uma cumplicidade maior que a irmandade, mas tinha limites saudáveis, ser amigo era estar ao lado nos momentos alegres e difíceis. Era não deixar o amigo se ferrar antes dele fazer ou se envolver em algum problema.
Hoje além de apoiar o amigo, é necessário entrar junto em tudo, ou seja, se você é meu amigo deve me ajudar a cometer crimes. Absurdo? Crime é sempre condenável, pois a justiça não segue modismos da juventude, que a cada geração muda de opinião e tenta estabelecer padrões novos. Mas o que a sociedade vê diariamente é que jovens, cada vez mais novos estão cometendo crimes, violências e agressões. Agora observe se eles estão sós, não? Estão acompanhados de seus inseparáveis amigos que estão lá dispostos para qualquer coisa, sempre ao lado.
Vamos julgar que todos estão errados? Que são infratores que merecem penas duras? Ou vamos fazer o mais doloroso que é mudar nosso próprio comportamento que sem dúvida ajudou a criar esse mundo. Óbvio que ninguém quer praticar maldades ou vê-las prosperar, mas temos que mudar nossos olhos e ver que nossas crianças estão na verdade perdidas num mundo absolutamente doido, onde os responsáveis em sua maioria estão preocupados apenas com o sucesso próprio e que o desequilíbrio social que insistimos em manter é o maior gerador de delinqüência, facilmente observada nos dias de hoje.
Há muitos caminhos para seguir e mudar, mas não podemos mais esperar que os outros mudem ou façam alguma coisa. Cada um de nós tem que se mexer e fazer do mundo um mundo melhor, mais justo, mais ético e a caminho de uma percepção de que somos todos um só organismo e que para continuar precisamos estar unidos em prol de um bem maior.
 Quer mudar o mundo? Comece por você.

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